A supervisão bancária europeia deve acontecer "passo a passo" e sem precipitação, afirmou a chanceler alemã, Angela Merkel, que mais uma vez estabeleceu distância de alguns sócios europeus.
"Sou favorável a uma forte supervisão dos bancos", declarou Merkel no congresso da Federação Alemã da Indústria (BDI) em Berlim.
"Mas deve acontecer passo a passo, em ordem e não muito depressa", completou a chanceler, que mais uma vez demonstrou uma opinião diferente dos sócios europeus, com a França à frente.
A Comissão Europeia detalhou as propostas sobre uma vigilância europeia dos bancos que será confiada ao Banco Central Europeu (BCE).
O princípio da medida foi aprovado, mas os detalhes e o calendário da supervisão, que pretende evitar um efeito cascata nas dificuldades de um banco europeu, são fontes de divergências.
Paris deseja que o mecanismo seja operacional no início de 2013, mas Berlim não estabelece calendário e defende o tempo necessário para a aplicação de uma ferramenta eficaz.
"A crise não chegou em uma noite. Assim, precisamos respirar profundamente para superar esta crise", declarou a chanceler alemã.