A presidente Dilma Rousseff defendeu nesta terça-feira, na Assembleia Geral das Nações Unidas, o direito dos países emergentes de proteger suas economias, em meio às pressões das potências industrializadas.
"Não podemos aceitar que medidas comerciais legítimas de defesa dos países em desenvolvimento sejam injustamente classificadas de protecionismo", afirmou Rousseff no discurso de abertura do encontro anual da ONU em Nova York.
Primeira chefe de Estado a falar na Assembleia da ONU, Dilma assinalou que o uso desse tipo de medidas faz parte das regras da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Neste sentido, a presidente brasileira atacou o protecionismo e todas as formas de manipulação comercial, entre elas a política monetária das nações mais ricas do mundo que provocaram "uma valorização artificial das moedas dos países emergentes".
"A política monetária não pode ser a única resposta ao crescente desemprego, aumento da pobreza e falta de futuro que afeta os segmentos mais vulneráveis da população do mundo", destacou.
O Brasil e outros grandes países emergentes vêm sofrendo desde o início da crise econômica uma forte pressão em alta de suas moedas por causa da política monetária expansionista, principalmente nos Estados Unidos, para enfrentar a recessão.