Um grupo de empresas europeias de energia solar apresentou uma segunda denúncia na Comissão Europeia, braço executivo da União Europeia, pedindo a adoção de tarifas de importação sobre produtos de energia solar produzidos na China. A alegação é que as empresas chinesas se beneficiam de subsídios ilegais para as suas operações.
Esta é a mais recente medida na escalada da guerra comercial solar entre Europa e China. Os fabricantes chineses de painéis solares já estão sob investigação da UE por supostamente despejarem produtos com preços abaixo do custo no mercado europeu. O grupo europeu solar, chamado UE ProSun, representa mais de 20 fabricantes e é liderado pela empresa alemã SolarWorld.
"Os subsídios chineses são um escudo contra a insolvência dos fabricantes e direcionados para as empresas de energia solar, mesmo se elas não forem rentáveis", disse Milan Nitzchke, presidente da UE ProSun e vice-presidente da SolarWorld. "Os bancos chineses implementam a política do governo, dando taxas de juros muito baixas para os fabricantes solares; se o mutuário não pagar o empréstimo, ele poderá ser prorrogado por tempo indeterminado ou pago por outras entidades controladas pelo governo."
Formulada a queixa comercial, a Comissão Europeia tem 45 dias para decidir se vai iniciar uma investigação. No início do mês, a comissão informou que não havia provas suficientes para iniciar uma investigação de dumping contra os painéis solares chineses. Posteriormente, o Ministério do Comércio da China enviou uma delegação à Europa para tentar resolver o conflito. As informações são da Dow Jones.