A inadimplência das empresas cresceu 1,7% no mês de agosto em relação a julho, influenciada pelo aumento das dívidas vencidas com instituições não bancárias, informou nesta quarta-feira a Serasa Experian. O resultado, porém, representa leve desaceleração em relação a julho, quando o Indicador de Inadimplência das Empresas apresentou avanço de 1,8% sobre o mês anterior. Na comparação com agosto de 2011, houve aumento de 8 3%, mas o número foi o menor crescimento nesta base de comparação desde fevereiro de 2011. No acumulado dos oito primeiros meses de 2012, a inadimplência subiu 14,3% sobre o mesmo período do ano passado.
Para a Serasa Experian, a redução dos juros, a recuperação gradual das vendas por causa das medidas de estímulo ao consumo e o recuo na inadimplência do consumidor fizeram o indicador desacelerar em agosto.
As dívidas não bancárias (com fornecedores, cartões de crédito, financeiras, lojas em geral e prestadoras de serviços) cresceram 3,9% em agosto na comparação com julho e foram responsáveis por 1,4 ponto porcentual da alta de 1,7% na inadimplência de empresas no mês. A dívida não bancária média chegou a R$ 766,47 no acumulado do ano, alta de 3,7% sobre o mesmo período de 2011.
Dívidas com bancos atingiram valor médio de R$ 5.276,52 de janeiro a agosto (alta de 2,2%), os títulos protestados atingiram R$ 1.947,84 (alta de 10,7%) e o valor médio dos cheques sem fundos ficou em R$ 2.237,72 (alta de 8,4%).