Incertezas sobre a Espanha continuam pressionando o euro enquanto provocam aumento nos yields (retorno ao investidor) dos bônus espanhóis e à medida que as tensões sociais e regionais se espalham no país. O enfraquecimento da economia da Espanha e a relutância do governo em pedir ajuda financeira internacional contribuem para as preocupações.
Em um relatório, o Banco da Espanha afirmou que a economia local teve uma contração significativa no terceiro trimestre deste ano, o que alimentou as expectativas de que o país precisa de um resgate. O yield dos bônus espanhóis de dez anos superou 6%, um dia depois de o primeiro-ministro do país, Mariano Rajoy, dizer que pedirá ajuda se os custos de financiamento da Espanha permanecerem "muito altos por muito tempo".
Um sinal do aumento das pressões foi o protesto feito nesta terça-feira (25) por milhares de pessoas nas ruas de Madri contra os cortes de gastos planejados pelo governo, que deixou dezenas de feridos em conflitos com a polícia. Na Grécia, uma greve geral de 24 horas está sendo realizada nesta quarta-feira também em protesto contra medidas de austeridade e isso ampliou a sensação de que a crise da zona do euro está se aprofundando novamente, apesar de o Banco Central Europeu (BCE) ter prometido recentemente que voltará a comprar bônus soberanos de países endividados.
Enquanto isso o dólar se enfraqueceu diante do iene no começo da manhã em consequência das críticas feitas ontem pelo presidente do Federal Reserve da Filadélfia, Charles Plosser, ao novo programa de compra de ativos do banco central dos EUA. Plosser afirmou que dificilmente o plano conseguirá impulsionar o crescimento da economia. No entanto, o dólar opera perto da estabilidade frente aos dólares canadense e neozelandês e sobe frente ao dólar australiano, à medida que a aversão ao risco cresce entre os investidores.
Às 9h30 (de Brasília), o euro caía para US$ 1,2860, de US$ 1,2896 no fim da tarde de ontem, depois de ter atingido a mínima de US$ 1,2838 mais cedo. O dólar tinha leve alta para 77,82 ienes, de 77,80 ienes ontem, e a libra recuava para US$ 1,6164, de US$ 1,6185. O índice do dólar medido pelo Wall Street Journal operava a 69,727, de 69,602 ontem. As informações são da Dow Jones.