Com o crescimento do emprego e da renda, o setor de serviços prestados às famílias mantiveram ritmo de expansão nos últimos anos, mesmo com a crise econômica de 2008. Os dados estão na Pesquisa Anual de Serviços (PAS) 2010, divulgada hoje (26) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
De acordo com a pesquisa, no biênio 2007/2008, o crescimento médio do setor de serviços não financeiros chegou a 11,4%. Em 2008/2009 caiu para 6,1% e retomou o crescimento em 2009/2010, alcançando 11,2%. No grupo serviços prestados principalmente às famílias, houve crescimento de 9,9% no primeiro biênio pesquisado, de 13,9% no chamado biênio da crise e de 15,8% em 2009/2010, totalizando 44,9% no período de 2007 a 2010, contra 31,6% de média no setor.
Dentro do grupo, a atividade alimentação se destaca com crescimento de 22,6% no biênio da crise, enquanto atividades culturais, recreativas e esportivas apresentaram queda de 5,6% no mesmo período.
A pesquisadora do IBGE Ana Carla Magni explica que o setor de serviços não financeiros ajudou o país a sentir menos os efeitos da crise econômica mundial de 2008, mas destaca o bom desempenho dos serviços prestados às famílias.
“No caso dos serviços prestados principalmente às famílias, diferentemente dos outros setores, eles tiveram taxa de variação crescente ano após ano, ou seja, eles não espelharam os efeitos da crise, a gente viu nesse período uma evolução do emprego, da renda, do crédito, que acabou impulsionando esse segmento dos serviços prestados às famílias”.