A expansão do crédito imobiliário, embora tenha ocorrido com maior intensidade do que a das demais modalidades, já mostra sinais de moderação, de acordo com análise do chefe do Departamento Econômico do Banco Central (BC), Tulio Maciel.
Segundo Maciel, em 2010 o crédito imobiliário apresentou expansão de 51%, com redução para 44% em 2011 e para 38,6% no período de 12 meses encerrados em agosto. “Vem arrefecendo gradualmente, mas ainda acima da média do sistema como um todo”, disse. O saldo total das operações de crédito do sistema financeiro chegou a R$ 2,211 trilhões, em agosto, com crescimento de 17%, em 12 meses.
Em relação ao Produto Interno Bruto (PIB), soma de todos os bens e serviços produzidos no país, a expansão do crédito imobiliário saiu de 4,4% em agosto de 2011 para 5,8% no mês passado. “É um percentual ainda baixo quando se compara ao de outros países, acima de 70% do PIB”, acrescentou Tulio Maciel.
Para ele, não há riscos na expansão do crédito imobiliário no país, como ocorreu com a bolha imobiliária nos Estados Unidos. “Essa realidade está muito distante da brasileira. Não dá pra fazer nenhum paralelo”, disse.