O ministro do Turismo, Gastão Vieira, e o presidente da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Paulo Solmucci, entregaram à ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, documento pedindo a redução das taxas de administração cobradas pelos cartões de crédito aos estabelecimentos. Segundo eles, estas chegam a 4% no caso dos cartões de crédito e débito e a 6% no caso de vale-refeição, consideradas "abusivas", já que em outros países do mundo, como os Estados Unidos, são da ordem de 1%.
De acordo com o presidente da Abrasel, a ministra Gleisi Hoffmann repetiu, "por pelo menos três vezes", que "este assunto já havia sido levado pela ministra à presidente Dilma e que a presidente determinou ação do Ministério da Fazenda e do Banco Central nesta direção". Paulo Solmucci acrescentou que Gleisi disse que a presidente Dilma já "está entrando fundo nesta questão" de redução da cobrança das taxas de administração dos cartões de crédito.
O setor quer que qualquer máquina, seja ela Cielo ou Redecard ou qualquer outra, aceite qualquer cartão. "O impacto seria superior à desoneração da folha de pagamento", afirmou Solmucci, acentuando que no documento foi informado ainda que a margem de lucro da Cielo foi de 65% e a da
Paulo Solmucci disse que o setor "não quer intervenção", mas quer que o governo use o Banco do Brasil para baixar estas taxas de administração, a exemplo do que fez com juros do cheque especial e cartão de crédito. "É só o Banco do Brasil estimular a Cielo a receber qualquer cartão", recomendou ele, lembrando que sugeriu isso à ministra Gleisi. "Queremos que seja determinado que qualquer cartão possa ser recebido por qualquer maquininha, como acontece em todos os países do mundo", declarou o presidente da Abrasel, em entrevista, no Palácio do Planalto, após se reunir com a ministra Gleisi. "Em qualquer país do mundo qualquer maquininha recebe qualquer bandeira", afirmou.
O ministro do Turismo, Gastão Vieira, disse que foi o intermediário da reivindicação do setor, que considera "justa" porque "precisa desonerar este setor, que ainda é muito fechado e precisa ser mais competitivo". Segundo o ministro, "o governo está comprometido que se estimule mais a competição". O ministro acrescentou que o Brasil quer conquistar o turista brasileiro que está indo para o exterior e a desoneração ajudaria nisso.