Postos independentes de combustíveis do Sul de Minas acabam de formar a primeira associação do setor em Minas Gerais e a segunda do país. O objetivo da rede composta por 22 empresas é substituir a chamada “bandeira branca” pela marca própria MG Postos. Com a nova identidade os postos de pequeno e médio porte querem ganhar espaço no mercado, criando uma marca para fidelizar o consumidor. A rede movimenta R$ 5 milhões por mês e comercializa no mesmo período 3 milhões de litros de combustíveis.
César André Siqueira, presidente da recém criada rede, batizada de Associação Mineira dos Postos Independentes de Combustível do Sul de Minas (Amimpi) diz que o grupo de postos associados vai reafirmar a independência na compra de combustíveis, garantindo a qualidade. “A bandeira independente é importante porque cria competição ao mercado, pode comprar de quem tiver o melhor preço ao invés de ser forçada a ter um único fornecedor. Já a marca é uma referência a mais para o consumidor”, aponta Siqueira. Segundo ele, a Associação vai atuar também de forma conjunta para negociar preços, além de desenvolver ações coletivas de consultoria, marketing, capacitação de profissionais.
A Amimpi, com sede em São Gonçalo do Sapucaí, Sul do estado, vai atuar em uma terra de gigantes, onde os postos independentes têm estado na mira de grandes distribuidoras. O mercado nacional é dominado por quatro empresas, BR (Petrobrás), Ipiranga, Raizen (Cosan e Shell) e a Ale distribuidora, quarta maior do país. Juntos os grupos detém 80% da distribuição de combustíveis. “Existe uma tendência principalmente das três maiores distribuidoras do país de ‘bandeirar’ os postos que consideram mais estratégicos”, diz Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).
Atuando junto à Amimpi está a distribuidora Terrana, subsidiária brasileira do Grupo internacional World Fuel Services. Segundo Ciro Rejane, diretor nacional de vendas da empresa, a princípio a Terrana vai fornecer 60% dos combustíveis aos postos.