O governo francês anunciou nesta sexta-feira um esforço "sem precedentes" de 36,9 bilhões de euros em aumentos de impostos e cortes em 2013 com o objetivo de reduzir o déficit público a 3% do Produto Interno Bruto (PIB).
O projeto apresentado ao Conselho de Ministros, assim como o orçamento da previdência social, que será apresentado na segunda-feira, prevêem 20 bilhões de aumentos de impostos (10 bilhões para as famílias e 10 bilhões para as empresas), aos quais são adicionados os 4,4 bilhões já aprovados.
O ajuste tem ainda cortes de 10 bilhões nos gastos do Estado e de 2,5 bilhões na previdência social.
A França confirmou assim que mantém o objetivo de 3% de déficit em 2013, mas destacou que as contas públicas não devem alcançar o equilíbrio em 2017 como estava previsto, pois devem registrar um déficit de 0,3%, segundo o projeto de orçamento.
Segundo as previsões do governo, o déficit público da segunda economia da Eurozona será de 4,5% do PIB em 2012, 3% no próximo ano, 2,2% em 2014, 1,3% em 2015, 0,6% em 2016 e 0,3% em 2017.
O projeto apresentado nesta sexta-feira prevê ainda 12.298 demissões nos ministérios considerados não prioritários e, simultaneamente, a criação de quase 11.000 novos postos de trabalho na Educação, Justiça e Polícia.
"É um orçamento de combate para a justiça social (...) um orçamento de combate para o crescimento, para preparar o futuro, corajoso e responsável", disse o primeiro-ministro Jean-Marc Ayrault no palácio presidencial do Eliseu, após o Conselho de Ministros.