Do total investido pela indústria em 2012, 32% serão recursos de empréstimos, o maior nível da série histórica da Sondagem de Investimento divulgada nesta sexta-feira pela Fundação Getulio Vargas (FGV), realizada com 1.009 empresas nos meses de julho e agosto. A sondagem foi criada em 1998 como Quesito Especial trimestral da Sondagem da Indústria de Transformação e tornou-se pesquisa independente a partir de 2007.
O porcentual do ano anterior, de 31%, já era recorde, segundo a pesquisa. No entanto, os recursos próprios continuam respondendo pela maior parte da fonte de financiamento do investimento, com 61% do total em 2012 e 62% no ano anterior.
A maior fatia dos empréstimos foi requerida, em 2012, pelo setor de não duráveis de consumo, com 38% do total do setor, enquanto os bens duráveis responderam por 32% e material para construção, por 31%.
Já a utilização dos recursos próprios prevalece neste ano nos setores de bens duráveis de consumo (69% do total do setor), bens de capital (66%), bens intermediários (62%), material para construção (61%) e não duráveis de consumo (55%).
"Com relação à composição dos investimentos produtivos, a sondagem captou uma diminuição relativa nos gastos em máquinas e outros equipamentos nacionais. Em 2010, segundo dados apurados em julho e agosto do ano passado, os investimentos destinados a esta finalidade haviam representado 44% do total, em média. Em 2011, a proporção teria baixado a 39%; e nas projeções feitas para este ano, reduziram-se ainda mais, para 37%", informou a FGV.
Em julho e agosto de 2012, 35% das empresas consultadas informaram ter investido mais nos últimos 12 meses do que no ano imediatamente anterior. Em contrapartida, 21% investiram menos. Para os próximos 12 meses, a previsão é que 33% irão investir mais e 14%, menos.