O Índice Nacional de Expectativa do Consumidor (Inec), aferido mensalmente pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), manteve-se em patamar elevado pelo terceiro mês consecutivo.
Em setembro, o indicador atingiu 113,2 pontos, ante resultado de 113,4 pontos em agosto e 113 em julho. Com relação a setembro de 2011, o índice teve alta de 0,7%. A estabilidade do índice mostra que os consumidores mantêm-se confiantes em relação à economia como um todo.
Mas, apesar da percepção positiva geral, os componentes do Inec mostram que os consumidores estão mais preocupados com o endividamento, desemprego e inflação.
A pontuação relativa a esses três itens recuou na comparação mensal, o que denota pessimismo. No caso do endividamento, caiu 3,7% ante agosto. Em se tratando da inflação, o recuo foi 2,1%, e, com relação ao desemprego, 2,3%.
"Especificamente com relação à inflação, esse é o quarto mês consecutivo de queda. Os consumidores estão com expectativa de que a inflação cresça", destaca Danilo Garcia, economista da CNI.
Mesmo preocupados com a elevação dos preços, os consumidores estão menos pessimistas em relação a isso do que em setembro de 2011. A indicação é dada pelo componente do Inec relativo à inflação subiu 4,2% este mês na comparação com aquele período.
Os componentes do Inec que registraram aumento da percepção positiva na comparação com agosto foram a renda pessoal (+2,4%) e a expectativa de compra de bens de maior valor (+1,9%). A percepção da situação financeira ficou praticamente estável, com leve oscilação positiva de 0,1%. A pesquisa relativa ao Inec de setembro foi aplicada entre os dias 17 e 21. Foram ouvidos 2002 consumidores de 141 municípios.