O ministro da Fazenda espanhol, Cristóbal Montoro, anunciou neste sábado que o déficit público da Espanha em 2011, previsto inicialmente em 8,9% do Produto Interno Bruto, será revisado em alta a 9,44%, e o de 2012 alcançará 7,4%, mais que os 6,3% prometidos a seus sócios europeus.
A revisão em alta dessas duas cifras se explica pelas ajudas públicas aos bancos, fragilizados depois da explosão da bolha imobiliária em 2008, indicou o ministro em coletiva de imprensa depois de enviar ao parlamento o projeto de orçamento para 2013.
O governo espanhol aprovou na quinta-feira seu projeto de orçamento 2013 marcado pela austeridade para reduzir o déficit público, assim como um novo plano de reformas que inclui a criação de uma "autoridade orçamentária independente" para controlar suas contas.
As finanças do país são particularmente acompanhadas pelos mercados, que preveem que a Espanha, quarta economia da zona do euro, solicite em breve um resgate financeiro aos fundos europeus.
O governo conservador, que busca economizar 39 bilhões de euros no próximo ano, está comprometido em reduzir seu déficit público para 6,3% do PIB em 2012, depois para 4,5% em 2013, mas sofre com uma falta de credibilidade nos mercados, após uma grave derrapagem orçamentária em 2011 (déficit de 8,9% em vez dos 6% prometidos).