A produção industrial brasileira voltou a mostrar sinal de recuperação e cresceu 1,5% no mês de agosto ante 0,5% em julho, na série com ajuste sazonal, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse é o terceiro resultado positivo seguido nesse indicador, acumulando nesse período crescimento de 2,3%, e da maior expansão desde maio de 2011, quando a alta foi de 1,6%.
"Isso de alguma forma acaba compensando a sequência de resultados negativos observados de março até maio. O crescimento desses três meses mais recentes acabam suplantando essa perda", afirmou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Na comparação com agosto de 2011, a indústria registrou queda de 2%, décima segunda taxa negativa consecutiva nesse tipo de comparação, mas a menos intensa desde dezembro último (-1,3%), segundo o instituto.
No índice acumulado nos oito meses de 2012, observou-se recuo de 3,4% na comparação a igual período do ano anterior. No acumulado nos últimos doze meses, o índice recuou 2,9%, seguindo a mesma tendência descendente iniciada em outubro de 2010 (11,8%) e apresentando o resultado negativo mais intenso desde janeiro de 2010 (-5%).
Dos 27 ramos estudados, 20 apontaram avanço na produção, com destaque para o setor de veículos automotores (3,3%), que segundo a pesquisa foi impulsionado, sobretudo, pelo aumento na produção de automóveis. A atividade teve a terceira taxa positiva consecutiva, acumulando nesse período expansão de 9,3%.
Outras atividades que contribuíram positivamente para o crescimento da produção industrial em agosto foram: alimentos (2,1%), fumo (35%), refino de petróleo e produção de álcool (2,5%), outros produtos químicos (1,9%), farmacêutica (3,1%) e material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (5,9%).
Por outro lado, entre os ramos que registraram recuo na produção, o desempenho de maior importância para a média global foi registrado por máquinas e equipamentos (-2,6%), que eliminou parte da expansão de 5% acumulada no período de julho/março de 2012. (Com agências)