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Estado de Minas

Coca-Cola Femsa pretende aumentar a produção no país

Fábrica ainda vai investir em vending machines e abrir lojas de conveniência


postado em 03/10/2012 06:00 / atualizado em 03/10/2012 07:30

Lançamento da pedra fundamental da fábrica de Itabirito: obra acelerada(foto: WELLINGTON PEDRO/IMPRENSA MG - 5/12/11)
Lançamento da pedra fundamental da fábrica de Itabirito: obra acelerada (foto: WELLINGTON PEDRO/IMPRENSA MG - 5/12/11)
Cidade do México e Toluca –A nova fábrica mineira da Coca-Cola Femsa, em construção no município de Itabirito, na Região Central do estado, reforça um amplo programa de crescimento no mercado brasileiro da companhia mexicana Femsa, dona de quase 49% da maior franquia da marca de refrigerantes no mundo. Além de ampliar a produção no país, a empresa pretende dobrar a participação da franquia no segmento das vending machines (máquinas de refrigerantes) e estuda as possibilidades de fincar no Brasil a bandeira da sua cadeia de lojas de conveniência Oxxo, com mais de 10 mil unidades no México.

“A estratégia para a expansão pega carona no ingresso das famílias brasileiras das classes C e D no consumo nos últimos anos, ascensão social que criou oportunidades”, afirmou o diretor de Relações com Investidores da Coca-Cola Femsa, José Castro, numa conferência com jornalistas de nove países do subcontinente, na Cidade do México. O mesmo fenômeno da mobilidade social beneficia a presença da Femsa na Colômbia e no México.

As vendas no Brasil representam cerca de 30% da comercialização do sistema Coca-Cola. A franquia mexicana opera fábricas de refrigerantes em Jundiaí, no interior de São Paulo; Belo Horizonte e Campo Grande, em Mato Grosso do Sul. “O Brasil é uma área de muitas oportunidades, onde já atendemos 50 milhões de consumidores”, disse José Castro. Anunciada no ano passado a unidade de Itabirito terá a estrutura e tecnologia mais modernas do mundo operadas pelas grandes engarrafadoras.

No segmento das vending machines, a Coca-Cola Femsa detém participação ainda modesta, ante a importância do negócio. A companhia encerrou 2011 com 10 mil máquinas instaladas na América Latina, das quais 650 no Brasil. “Nossa proposta é duplicar esse universo, investindo nas vending machines em edifícios corporativos”, afirmou Castro. Nas mesmas regiões em que atua a franquia, a Femsa estuda novos pontos da Oxxo, rede de lojas de conveniência que comercializa ao redor de 2 mil itens, entre bebidas, representando 40%, alimentos e produtos de mercearia, e oferece serviços de correspondente bancário, como recebimento de contas de serviços públicos. A decisão de estender a rede ao Brasil vai depender de como a empresa terá de se adaptar às características particulares do consumidor, observou o gerente de Relações com Investidores da Femsa, Maximilian Zimmermann.

Mais que a fábrica considerada referência no mundo da Coca-Cola Femsa, instalada no município de Toluca, a uma hora da Cidade do México, a unidade de Itabirito já nasce com a tecnologia de última geração e incorporando os padrões de eficiência máxima em consumo de energia e de água, insumo crítico para a indústria de bebidas. O conceito batiza a planta de primeira fábrica verde da Coca-Cola, que deverá entrar em funcionamento no fim do primeiro semestre de 2013, depois de concluídos aportes de R$ 250 milhões (US$ 146 milhões).

Até 2015, a nova fábrica mineira terá capacidade para produzir 2,1 bilhões de litros, proporcionando um aumento de 47% em comparação à produção atual e já sem espaço para crescer da unidade de BH. A fase de terraplenagem na área de 300 mil metros quadrados de Itabirito foi concluída no mês passado e as obras civis estão previstas para começar na última semana de outubro.

Marca de valor A Coca-Cola é a marca mais valiosa do mundo, de acordo com o 13º relatório anual de melhores marcas globais da Interbrand, divulgado ontem. Desde que a consultoria de marcas passou a fazer o levantamento, a empresa lidera o ranking. Na sequência, o setor de tecnologia domina o ranking, com Apple em segundo lugar, seguida de IBM, Google e Microsoft.

* A repórter viajou a convite da Coca-Cola Femsa


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