Os dados de emprego no setor privado norte-americano, divulgados nesta quarta-feira, vieram melhores do que o esperado e impulsionaram levemente os índices futuros de ações nos Estados Unidos, assim como as bolsas europeias. Mas os ganhos por enquanto são contidos e o Ibovespa deve permanecer, ao longo do dia, sintonizado ao que ocorre em Nova York e ainda represado na faixa entre 59 mil e 60 mil pontos.
Às 10h16, o Ibovespa à vista subia 0,06%, aos 59.255 pontos. Em Nova York, o S&P futuro subia 0,12% e o Nasdaq futuro avançava 0,26%. Na Europa, Londres avançava 0,27%, Frankfurt tinha alta de 0,37%, Milão subia 0,67% e Paris tinha alta de 0,07%. Madri recuava 0,24%.
O setor privado norte-americano criou 162 mil empregos em setembro, em base sazonalmente ajustada, segundo o relatório da ADP/Macroeconomic Advisers. O dado superou a expectativa dos economistas, que previam 153 mil novas vagas. O número é considerado um indicador sobre a tendência do relatório do mercado de trabalho do governo dos EUA (payroll), que engloba também dados do setor público e que será divulgado na sexta-feira (05).
Apesar de positivos, os números não garantiram um rumo mais claro para a Bolsa brasileira. "Está difícil esperar alguma coisa para hoje, a Bovespa está numa lateral", comentou um operador ouvido há pouco pela Agência Estado. "A Europa está dividida e a situação da Espanha também segue complicada", acrescentou.
Mais cedo, o Índice dos Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) do setor de serviços da Espanha apontou queda de 44,0 em agosto para 40,2 em setembro, em mais um sinal de dificuldades na economia do país. No centro das atenções, a Espanha segue negando a iminência de um pedido de resgate, embora parte do mercado acredite que o momento de solicitação está próximo.
O principal dado divulgado mais cedo na Europa, o de vendas no varejo da zona do euro, mostrou leve alta em agosto ante julho e ficou acima da expectativa dos economistas, mas o número também não tem força para definir direções mais consistentes ao redor do mundo.
Neste cenário, o Ibovespa deve seguir oscilando na margem entre 59 mil e 60 mil pontos, pelo menos no início dos negócios. Análise distribuída a clientes pela Um Investidores informa que o "Ibovespa segue testando a região da média móvel de 200 períodos nos 59.740 pontos". Se continuar a cair, tem próximo nível de suporte nos 56.236 pontos. Do lado da alta, a forte resistência está nos 60.000 pontos.