O presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), Cledorvino Belini, disse na manhã desta quinta-feira que o novo regime automotivo é transformador e se trata de uma política de longo prazo. Segundo ele, os incentivos que serão concedidos pelo governo devem transformar o Brasil em um grande polo de tecnologia e de produção de veículos.
Belini acredita, também, que os inventivos chegarão naturalmente ao consumidor por meio de um aumento da competitividade das empresas. Segundo o presidente da Anfavea, o Brasil é hoje o quarto maior mercado consumidor de veículos no mundo, mas é o sétimo maior produtor. "Teremos mais escala, mais competitividade, aliadas à inovação tecnológica, o que aumentará a participação das empresas brasileiras no mercado internacional. Ele previu que as empresas que não aumentarem os investimentos "sem dúvida" perderão mercado.
O presidente da Anfavea afirmou que o ganho de eficiência energética será o grande desafio porque exigirá investimentos em tecnologia para alcançar a meta. O dirigente disse que a melhoria da eficiência energética também trará ganho de competitividade. Belini não quis entrar no debate sobre o motivo de os carros brasileiros estarem entre os mais caros do mundo. Ele disse que esse é um debate complexo, mas citou como fator de pressão nos preços o aço e energia caros, que impactam no custo da produção.