Após as perdas de ontem, quando fechou abaixo dos 59 mil pontos, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) abriu o dia em alta, perto da estabilidade, sob a influência positiva de Nova York. Mas o Ibovespa voltou a registrar perdas há pouco, conduzida por papéis como Vale e Petrobras.
Às 11h19 (horário de Brasília), o Ibovespa caía 0,49%, aos 58.337 pontos. Em Nova York, o S&P tinha alta de 0,76%, o Dow Jones avançava 0,65% e o Nasdaq tinha alta de 0,40%. Na Europa, Londres subia 0,21%, Paris tinha alta de 0,03% e Frankfurt subia 0,09%.
Mais cedo, o Banco da Inglaterra anunciou a manutenção da taxa básica de juros em 0,50% ao ano e do programa de compra de ativos em 375 bilhões de libras. Já o BCE manteve sua taxa de juros em 0,75%. Após as decisões, que eram esperadas pelo mercado, os principais índices de ações europeus seguiram voláteis, sem fôlego para engatar ganhos maiores em meio às preocupações com a Espanha.
Os índices de Nova York subiam após os dados de pedidos de auxílio-desemprego divulgados nos EUA. O Departamento do Trabalho informou que as solicitações aumentaram em 4 mil na semana até 29 de setembro, abaixo da previsão de alta de 11 mil pedidos.
"Está difícil saber qual será a tendência. Está tudo muito frágil lá fora e a Bovespa vem andando um pouco descolada do exterior", comentou um operador ouvido nesta quinta-feira pela Agência Estado. "O movimento vai depender dos investidores estrangeiros. Ontem eles atuaram na venda de vários papéis, o que fez o Ibovespa cair", acrescentou.
Outros profissionais do mercado não apontaram motivos específicos para as novas baixas verificadas há pouco, mas citaram um certo "cansaço" com a Bovespa. Segundo eles, os investidores estrangeiros parecem estar menos atraídos pelo Brasil nas últimas sessões, o que contribui para a queda de ações importantes para o Ibovespa, como as de Vale e Petrobras. Em Nova York, os ADRs destas duas companhias recuavam, o que trazia reflexos para os papéis cotados no Brasil.