O ministro das Finanças da Espanha, Luis de Guindos, disse que seu país não precisa de ajuda financeira externa. "Há um certo mal-entendido: a Espanha não precisa, absolutamente, de ajuda", afirmou De Guindos durante aula na London School of Economics. Alguns integrantes do público riram dessa declaração.
Segundo o ministro, o que existe é uma proposta do Banco Central Europeu (BCE) de que intervenções no mercado secundário de bônus sejam acionadas sob determinadas circunstâncias.
"Eles demandaram que, para intervir no mercado secundário de dívida soberana, precisariam de certas condicionalidades que não estarão muito distantes da situação que temos agora na Espanha em termos de procedimentos de déficit excessivo, em termos do semestre europeu", afirmou.
Também nesta quinta-feira, o presidente do BCE, Mario Draghi, disse que o plano de compras de bônus da instituição, está pronto para ser usado por países em situação fiscal frágil, como a Espanha. Ele reiterou que primeiro os governos precisam pedir ajuda, e aceitar as condições exigidas para a concessão dessa ajuda. O FMI, por sua vez, disse que a Espanha não pediu ajuda financeira à instituição e que seus funcionários não discutiram o papel potencial do Fundo em um programa de ajuda da União Europeia.
De Guindos disse apoiar as decisões do BCE e acrescentou que não se deve subestimar a vontade política dos países da zona do euro em desenvolver a união monetária. O ministro também afirmou que a Espanha não tem alternativa a não ser reduzir seu déficit orçamentário.