O crescimento de 250% na captação líquida da poupança entre os meses de janeiro e setembro de 2012, em relação ao mesmo período de 2011, é explicado pela queda nos saques, que foi maior que a redução nos depósitos verificada este ano. Dados do Banco Central mostram que as retiradas caíram 7,6%, para R$ 862,2 bilhões no acumulado do ano. Os depósitos também recuaram, mas em porcentual menor, com queda de 5%, para R$ 895,4 bilhões.
Desde 2009 não havia redução na entrada e na saída de recursos da poupança, em relação ao ano anterior. As novas regras da poupança, anunciadas em maio, incentivam a redução dos saques. Depósitos feitos até o dia 3 daquele mês continuam sendo corrigidos em 0,5% ao mês + TR, até que sejam sacados. Para o dinheiro que entrou após essa data, o rendimento cai para 70% da taxa Selic (0,4273% ao mês, desde que a taxa básica caiu para 7 5% ao ano) + TR.
Apesar da queda, os depósitos registrados este ano ficam atrás apenas do verificado no mesmo período de 2011, na série iniciada em 1995. Nos nove primeiros meses de 2012, os depósitos na caderneta superaram os saques em R$ 33,186 bilhões, novo recorde acima dos R$ 9,5 bilhões registrados no mesmo período de 2011. Somente em setembro foram captados R$ 5,951 bilhões, maior resultado para este mês do ano da série histórica.