Com uma política focada na fabricação de veículos mais econômicos, quem também deve sair no lucro é o consumidor. Isso porque o novo regime automotivo prevê para o cliente uma economia de R$ 1.150 por ano, a partir de 2017, com a redução do consumo de combustíveis. A ideia é chegar a 2017 com veículos que tenham consumo de 17,2 quilômetros por litro de gasolina e de 11,96 quilômetros por litro de etanol. Além disso, é esperada a redução de até dois pontos percentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para as empresas que superarem as metas de eficiência energética.
O anúncio anima quem pensa em trocar de carro nos próximos anos. Proprietário de um veículo importado, o advogado Sávio Silva pretende comprar um carro novo no ano que vem. Nesse sentido, o novo regime automotivo surge como uma ferramenta essencial para que ele consiga comprar um carro mais moderno, econômico e ao mesmo tempo mais barato. “É uma iniciativa importante porque o mercado automobilístico ainda precisa crescer na comparação com outros países”, considera. Hoje, o Brasil possui o quarto maior mercado do mundo, atrás da China, Estados Unidos e Japão. “Estamos muito mais exigentes na hora de escolher um carro e levamos em consideração o consumo, mas também a qualidade do veículo. Precisamos de uma indústria que acompanhe nossas exigências”, acrescenta.
Vantagens
A funcionária pública Sandra Ávila revela que, com o anúncio, o sonho do carro novo deverá ficar para depois. “Para comprar um carro que vai consumir menos combustível, vai emitir menos carbono ao meio ambiente e será mais tecnológico, vale a pena esperar o novo regime entrar em vigor”, diz. Ainda de acordo com Sandra, a expectativa é de que os veículos além de mais modernos, sejam mais baratos, o que faz valer a espera . “Queremos conforto, mas também preços mais acessíveis. A tecnologia certamente fará o mercado ficar mais competitivo e seremos beneficiados”, conclui.
A favor de medidas para estimular a indústria automobilística, o advogado Gustavo Lavorato diz que até o momento o governo tinha tomado medidas equivocadas como aumentar o IPI para os importados, mas que o foco voltado para toda a indústria será sentido com uma evolução do setor. “Já pagamos muitos encargos, taxas de importação altas e acredito que investir em infraestrutura, nesses casos, é melhor”, frisa. “A redução do IPI é muito imediatista e acredito que o regimento vai promover uma indústria mais eficiente”, finaliza.