O empresário Eike Batista afirmou na última quinta-feira que entrarão US$ 2 bilhões no caixa de seu conglomerado de energia, mineração e construção naval EBX até o fim do ano. Em apresentação para executivos em um evento da indústria de tecnologia em São Paulo, Eike disse que o caixa da EBX - atualmente em US$ 9 bilhões - poderá receber uma injeção adicional de capital até o fim do ano, mas não revelou de onde o dinheiro viria. Ele comparou a operação a um "Kinder Ovo", sem explicar o que quis dizer. O comentário foi feito quando questionado se o dinheiro seria o pagamento da venda da AUX, sua empresa de extração de ouro.
Eike vendeu uma participação de quase 1% da EBX para o Abu Dhabi Investment e a General Electric por US$ 300 milhões em maio. O negócio avaliou a holding em US$ 38 bilhões na época. Eike é o homem mais rico do país, segundo a revista Forbes, que em março avaliou a sua fortuna em cerca de US$ 30 bilhões. Uma queda no valor de algumas de suas empresas listadas reduziu a sua riqueza em quase US$ 5 bilhões desde então, de acordo com cálculos da Thomson Reuters.
Eike disse ainda que está pensando sobre o que fazer com sua participação na OSX Brasil, já que o prazo para a empresa de construção naval vender ações para ele se aproxima. Se a empresa exercer tal opção, ele corre o risco de ultrapassar um limite de 75% de propriedade acordada entre a bolsa e a OSX no momento da listagem. Questionado sobre se a opção pode forçá-lo a reduzir a sua participação na OSX para evitar ultrapassar o limite de propriedade, ele disse: "Bem, eu tenho que ver. Talvez reduzir, certo?" E acrescentou que "pode ter que pensar em uma venda estratégica, um segundo ou terceiro leilão, eu não sei ainda."
Eike também negou relatos recentes na mídia de que ele poderia ter acertado a fusão da OSX com a Sete Brasil, uma empresa de construção naval controlada por um grupo de parceiros, incluindo o banco local de investimentos Grupo BTG Pactual, em troca de uma participação.
Com InfoMoney