As emissões realizadas pelas companhias brasileiras continuaram concentradas no mercado de renda fixa em setembro, alcançando R$ 5,4 bilhões, um crescimento de 54% em relação ao total de R$ 3,5 bilhões emitido em agosto.
Segundo o boletim mensal de outubro da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), divulgado nesta sexta-feira (5), todas as ofertas domésticas e as captações externas foram feitas com instrumentos de dívida, consequência do cenário de baixas taxas de juros, que beneficia o alongamento ou a troca de passivos pelos emissores, ao mesmo tempo em que desperta nos investidores a procura por melhores rendimentos.
As debêntures aparecem em destaque em setembro, com 89,2% do total das captações, o equivalente a R$ 4,855 bilhões. Em seguida estão as emissões de R$ 515 milhões de CRIs, de R$ 50 milhões de notas promissórias e R$ 20 milhões de FIDCs. Em agosto, as notas promissórias responderam por 58,3% das emissões de renda fixa, somando R$ 2,062 bilhões, enquanto as emissões de debêntures chegaram a apenas R$ 857 milhões.
No ano, o segmento de renda fixa acumula captações de R$ 75,7 bilhões e as debêntures respondem por 66% desse total, com R$ 50 126 bilhões, diz a Anbima. Na comparação com o acumulado de 2011 as emissões de debêntures subiram 29%. No mercado externo, as captações de renda fixa somaram US$ 4,7 bilhões em setembro, elevando o total no ano para US$ 37,4 bilhões, diz a Anbima.