=Após a volatilidade dos últimos dias, as bolsas europeias se mantiveram em território positivo ao longo de toda a sessão desta sexta-feira e fecharam em forte alta, impulsionadas pelos dados positivos do mercado de trabalho dos Estados Unidos. O índice Stoxx Europe 600 encerrou com ganho de 1%, aos 274,11 pontos. Na semana, o índice pan-europeu avançou 2,1%, seu melhor desempenho desde o começo de setembro.
A taxa de desemprego dos EUA caiu para 7,8% em setembro, o menor nível desde janeiro de 2009, segundo o Departamento de Trabalho. O número surpreendeu economistas consultados pela Dow Jones, que esperavam uma taxa de 8,1%, que seria igual à de agosto. Já o número de vagas criadas no mês passado veio um pouco abaixo das expectativas, em 114 mil. Analistas estimavam criação de 118 mil empregos em setembro.
"Um bom número de emprego dos EUA sempre estimula os mercados acionários e foi o que vimos hoje", comentou a Capital Spreads.
Já a situação da Espanha segue inalterada, sem definição sobre um potencial pedido de ajuda à União Europeia. Uma alta autoridade da zona do euro disse mais cedo que Madri não precisaria solicitar resgate, se as atuais condições de mercado se mantivessem. Repetindo o que dissera o primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, ele afirmou que o eventual pedido não é "iminente". Por outro lado, os últimos indicadores fornecem novos indícios da gravidade da crise enfrentada pela Espanha. Em agosto, a produção industrial do país caiu 3,2% em agosto, após uma queda de 5,5% em julho e um recuo de 6,3% em junho.
Em Londres, o índice FTSE 100 encerrou a sessão com ganho de 0,74%, aos 5.871,02 pontos, ampliando a alta semanal para 2,25%. As mineradoras se destacaram, com ENRC e Kazakhmys avançando 5,9% e 4,5%, respectivamente. Já a rede de supermercados Tesco, que na quarta-feira divulgou queda no lucro do primeiro semestre, teve baixa de 0,9%.
O mercado italiano teve o melhor desempenho do dia. O índice FTSE Mib saltou 2,35%, para 15.876,25 pontos, assegurando um forte ganho de 4,57% na semana. A Parmalat disparou 4,2% depois de negar notícias de que planejava retirar suas ações da Bolsa de Milão. Também subiram os bancos UniCredit (+3,8%), Banca Monte dei Paschi (+3,4%) e Intesa Sanpaolo (+3,3%).
Na Bolsa francesa, o índice CAC 40 teve ganho de 1,64%, para 3.457,04 pontos. Na semana, a alta em Paris foi de 3,05%. Em Frankfurt, o índice Dax registrou alta de 1,27% e fechou aos 7.397,87 pontos, com avanço de 2,52% ao longo da semana. O índice Ibex 35, de Madri, subiu 1,81%, para 7.954,40 pontos. O ganho semanal na Espanha foi de 3,19%. No mercado português, o índice PSI 20 encerrou o dia aos 5.387,71 pontos, avançando 1,84% no dia e garantindo alta de 3,55% na semana.
Entre Bolsas menores, a de Atenas deu um salto de 5,1%, com o índice ASE fechando a 829,96 pontos, enquanto a Grécia continua negociando com seus credores para garantir a liberação da próxima tranche de seu pacote de ajuda. Em entrevista ao jornal alemão Handelsblatt, o primeiro-ministro grego, Antonis Samaras, disse que o país deverá ficar sem recursos financeiros em novembro se não obtiver o empréstimo. As informações são da Dow Jones.