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Estado de Minas

Inadimplência em BH tem a maior alta do ano

Em setembro o crescimento foi de 13,87% na comparação com agosto. Comparado com o mesmo mês do ano anterior o aumento foi de 8,48%


postado em 08/10/2012 11:30 / atualizado em 08/10/2012 11:35

Uso inadequado de crédito e o consumo de forma inconsciente contribuíram para um crescimento dos índices de inadimplência(foto: EM/D.A/Press)
Uso inadequado de crédito e o consumo de forma inconsciente contribuíram para um crescimento dos índices de inadimplência (foto: EM/D.A/Press)
O número de consumidores com algum tipo de dívida junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) subiu 13,87% em setembro na comparação com agosto. Na comparação com setembro do ano passado, o crescimento da inadimplência foi de 8,48%. No acumulado do ano houve aumento de 1,53% no número de registros.

Para a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, o aumento é resultado da combinação de políticas do governo como redução do IPI para diversos setores e de débitos referentes às compras do Dia dos Pais. “Neste sentido, o uso inadequado deste crédito e o consumo de forma inconsciente contribuíram para um crescimento dos índices de inadimplência”, afirmou a economista da CDL/BH. “Cabe ressaltar que muitos empresários aproveitaram a injeção de capital extra na economia, via primeira parcela do 13º salário dos aposentados, para registrarem os débitos dos consumidores”, completou.
 
Já o volume de cancelamento de registros que ocorre quando as pessoas regularizam seus débitos junto ao SPC da CDL/BH subiu 11,36% setembro na comparação com agosto. “A aproximação do Dia das Crianças e do Natal incentiva alguns consumidores a regularizarem suas dívidas”, explicou Ana Paula. Na comparação com o mesmo mês do ano anterior houve crescimento de 10,25% no cancelamento de registros e no acumulado do ano a alta foi de 10,58%. “Este aumento é resultado do bom mercado de trabalho, dados os baixos níveis de desemprego e aumento dos níveis de renda”, disse a economista da CDL/BH.

Estudo divulgado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostrou que 41% dos consumidores brasileiros já foram ou estão impossibilitados de fazer compras a prazo por estarem com o nome “sujo’, a maior parte deles pertencentes às classes C e D, com renda familiar de até R$ 3,82 mil. A pesquisa mostrou que quanto menor a renda, menor o interesse em obter informações sobre o custo das taxas de juros. O levantamento apontou ainda que 64% das famílias com renda até R$ 3.825 possuem entre um e quatro cartões de crédito. No caso das famílias com renda acima desse limite são 77%.


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