"Os riscos para uma séria desaceleração global são assustadoramente altos", apontou o Fundo Monetário Internacional (FMI), numa avaliação sobre a tendência da economia mundial no curto e no médio prazo que, em princípio, poderia ser ponderada como pessimista, mas que ganha contorno dramático na medida em que os argumentos são sustentados por fatos e previsões conservadoras.
De acordo com o relatório Perspectiva da Economia Global, divulgado nesta segunda-feira pela instituição, o mundo deve crescer 3,3% neste ano, em vez de avançar 3,5% como estimado anteriormente. Em 2013, a velocidade não deve ser muito maior, ficando em 3,6% de crescimento, abaixo dos 3,9% previstos antes.
Nesse processo de redução do ritmo do Produto Interno Bruto (PIB) do planeta há colaborações negativas tanto das economias avançadas quanto das emergentes. Para o primeiro grupo de nações o crescimento diminui a velocidade de 1,4% para 1,3% em 2012 e para o próximo ano a alta será menor, de 1,8% para 1,5%.
Os países em desenvolvimento também vão perder vigor na atividade, pois devem avançar 5,3% neste ano, em vez de 5,6%, e exibir um incremento de 5,6% em 2013, abaixo dos 5,8% projetados pelo FMI em julho. Nesse contexto, o Brasil continuará sendo influenciado pela desinflação mundial neste ano. Os preços ao consumidor devem baixar de uma alta de 2% para 1,9% nas nações mais potentes e desacelerar de 6,3% para 6,1% nos países em desenvolvimento.