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Estado de Minas

Venda da Amil não altera atendimento a clientes

Maior companhia americana de planos de saúde compra 90% da líder do setor no Brasil numa transação de cerca de R$ 10 bi


postado em 09/10/2012 07:30

Depois de três anos de conversa, a norte-americana de saúde UnitedHealth acertou ontem a compra de 90% do capital da Amil Participações por US$ 4,9 bilhões (cerca de R$ 10 bilhões). A maior companhia de planos de saúde dos Estados Unidos desembolsará R$ 6,5 bilhões por quase 60% da Amil nas mãos dos controladores e cerca de até R$ 3,4 bilhões por outros 30% da companhia que estão com acionistas minoritários na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O anúncio foi feito pelo fundador e diretor-executivo da Amil, Edson Bueno.

Ele terá os 10% das ações remanescentes por pelo menos cinco anos e se comprometeu a investir US$ 470 milhões em ações da americana. Com o anúncio, as ações ordinárias (ON, com direito a voto) da empresa na Bovespa registraram alta de 14,94%, a R$ 29,08, no fechamento do pregão de ontem.

Se você não anda, fica no meio do caminho. Depois de três anos de conversa, acertamos o negócio. Queria casar com uma empresa desse perfil. Escolhemos a melhor, a mais reconhecida, a mais moderna. E vou ficar cinco anos para ajudar na sucessão, explicou Bueno.

A compra ainda depende da aprovação dos órgãos reguladores, como Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo diretor de relações com investidores da Amil, Erwim Kleuser, essas liberações devem sair até o primeiro trimestre do ano que vem, momento em que a United deve fazer uma OPA (oferta pública de aquisição) para fechar o capital da Amil e incorporar o valor da empresa em suas ações na bolsa de Nova York.

Em nota, o presidente da UnitedHealth, Stephen J. Hemsley, disse que se associar com a Amil é a oportunidade de crescimento mais atraente que vimos em muito tempo. Ele também citou o Brasil como um mercado com alto potencial de crescimento, sobretudo pela ascensão da classe média.

Bueno, que seguirá como diretor-presidente e presidente do Conselho de Administração da Amil, usará em torno de US$ 470 milhões, decorrentes da venda de ações da JPL, para adquirir ações da UHG nos EUA, passando a ser o maior acionista pessoa física da empresa norte-americana.

A Amil servirá de plataforma da UnitedHealth para crescer em outros países, segundo Bueno. Estamos discutindo contratos em Portugal, será uma oportunidade única, disse. A empresa é uma das interessadas na compra do negócio de saúde da portuguesa Caixa Geral de Depósitos (CGD).

SEM MUDANÇA PARA CLIENTES


Para o cliente Amil não há mudança imediata. Segundo Bueno, em três anos teremos outra cara, seremos muito melhores, emendando que projetos no setor de saúde são de longo prazo.

Essa empresa vai nos ajudar a atender melhor nossos clientes e nossos médicos. É um ganha-ganha extraordinário, vamos trazer muita tecnologia, afirmou o executivo.

A receita da Amil deve alcançar este ano cerca de US$ 5 bilhões, crescimento de 15% sobre 2011. O grupo oferece planos de saúde e odontológicos para mais de 5 milhões de pessoas.
A Amil tem rede própria de 22 hospitais e cerca de 50 clínicas, e afirma ter a maior rede credenciada do Brasil com 44 mil médicos, 3,3 mil hospitais, aproximadamente 11 mil clínicas e 12 mil laboratórios e centros de diagnóstico por imagem.


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