A chanceler da Alemanha, Angela Merkel, chegou nesta terça-feira à Grécia para sua primeira visita ao país desde o início da crise fiscal da zona do euro, há quase três anos. Sua passagem de cinco horas por Atenas é vista pelo governo como um impulso histórico para o futuro do país na Europa, mas manifestantes temem que a visita seja uma indicação de mais austeridade e dificuldades econômicas.
Mais de 7 mil policiais foram mobilizados em Atenas para isolar parques e outras partes da cidade numa tentativa de manter os manifestantes afastados da líder alemã, que vai se reunir hoje com o primeiro-ministro grego, o conservador Antonis Samaras.
Muitos dos principais líderes europeus têm evitado fazer viagens oficiais à Grécia e o risco de uma recepção hostil, num país mergulhado na recessão há anos e que luta para cumprir os duros termos do seu pacote de resgate internacional, no valor de 173 bilhões de euros.
Merkel, no entanto, aceitou o convite de Samaras, apesar da falha de Atenas em cumprir medidas de austeridade impostas pela troica de credores internacionais, que incluem a Comissão Europeia, o Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional.
A Grécia tem dependido de ajuda externa desde maio de 2010. Para obter os empréstimos, Atenas se comprometeu a implementar uma série de cortes de gastos e aumentos de impostos, além de elevar a idade mínima para aposentadoria e facilitar a demissão de trabalhadores no setor privado.
Atenas, porém, precisará aprovar medidas adicionais, totalizando 13,5 bilhões de euros, nos próximos dois anos para se qualificar para a próxima tranche da ajuda, sem a qual o governo ficará sem recursos no mês que vem.
Além de Samaras, Merkel encontrará também o presidente da Grécia Karolas Papoulias, e representantes de empresas alemãs que operam no país. As informações são da Associated Press.