A probabilidade de a Grécia deixar a zona do euro nos próximos 12 a 18 meses caiu de 90% para 60% graças à estabilização dos dados econômicos e da postura menos dura de alguns membros do bloco, particularmente da Alemanha, informou o Citibank em nota enviada a seus clientes nesta sexta-feira.
"Nós achamos que a posição da chanceler alemã Angela Merkel a respeito (da saída da Grécia) mudou recentemente, na medida em que as eleições na Alemanha se aproximam (elas devem acontecer em setembro de 2013) e ela teme as repercussões econômicas negativas de um evento como esse em suas chances de reeleição", disse o banco.
O fato de a Grécia estar cumprindo as medidas de austeridade e a melhora de alguns dados fiscais, como a redução do déficit acumulado para os níveis mais baixos desde fevereiro de 2009, também influenciaram na queda das chances de a Grécia deixar o bloco, afirmou o Citi no documento.
Por outro lado, o banco ainda acredita que a Grécia vai, eventualmente, deixar o euro. O Citi espera que a população do país fique cansada das políticas de austeridade e que o governo não consiga atingir as metas de redução do déficit orçamentário, o que deve levar o Fundo Monetário Internacional (FMI) e a União Europeia a suspender os recurso para o governo grego, levando a Grécia a voltar a emitir sua própria moeda.