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Estado de Minas

Mantega enxerga poucos avanços em cotas do FMI


postado em 13/10/2012 20:46

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou que a reforma do regime de cotas do Fundo Monetário Internacional (FMI) foi um dos temas abordados pela reunião do Comitê Financeiro e Monetário Internacional da instituição e que deve gerar avanços inferiores aos esperados pelo Brasil. Ele citou que deveria ser alterado o critério utilizado para calcular a fórmula de representatividade dos países membros do Fundo. Em sua avaliação o fator que deveria ser determinante é o Produto Interno Bruto (PIB) de cada nação medido pela Paridade de Poder de Compra, e não outros fatores, entre eles o chamado "abertura", que indica a disponibilidade dos países de fazer transações comerciais e financeiras em nível internacional.

"A impressão que eu tenho é que principalmente alguns países europeus não gostam desta reforma, porque eles vão perder peso na participação acionária", disse Mantega. "Hoje, o segmento europeu tem um peso de 30% nas ações do Fundo e, do ponto de vista do peso econômico, eles não tem mais que 20%", destacou.

Ele indicou que pode ser que o critério PIB suba de 50% para 65% com a absorção da participação de um critério flexibilidade, sobre o qual não deu detalhes. O ministro ponderou que há uma resistência grande de vários países em alterar a participação do critério abertura, que vale 30% para definir a participação dos países no fundo.

"A abertura é um critério muito estranho. Não se trata de comércio exterior, exportação e importação. Mas é trânsito na balança de transações correntes. Você contabiliza todas as transações que o país faz", destacou Mantega. "Então, um país pequeno pode ter um movimento de transações correntes muito grande e então ele começa a ter um peso, que foi um ponto que eu levantei", disse.

"Eu acho que nós vamos avançar, não tanto quanto gostaríamos, mas vamos avançar um pouco. Mas aí já estamos falando sobre a reforma de 2013 e 2014, não a de 2010, que ainda não se completou", disse o ministro. "Com a reforma de 2010, o caso do Brasil avançou bastante, pois passamos para 2,3%, uma das dez maiores participações do Fundo", apontou Guido Mantega.


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