A partir do próximo domingo, brasileiros que vivem nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste terão que adiantar seus relógios em uma hora. A data está marcada para o início do horário de verão, que vai até 17 de fevereiro de 2013. Segundo informações do Ministério de Minas e Energia, durante a vigência do horário diferenciado está prevista uma redução média de 5% no consumo no horário de pico, que vai das 18h às 21h.
O horário de verão é adotado em função do aumento da demanda por energia nessa época do ano, resultante do calor e do crescimento da produção da indústria com a aproximação do Natal. O Norte e Nordeste não aderem à mudança, porque o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) avaliou que a economia nesses mercados é pouco expressiva, e não justifica a participação.
Além da economia pouco expressiva de energia, os estados do Norte e Nordeste não aderem ao horário porque sua posição geográfica não favorece um aproveitamento maior da luz natural no verão, como ocorre nas demais áreas. De acordo com o ministério, por estarem mais próximos da linha do Equador, nesses locais incidem menos raios de luz ao longo do dia nos meses de verão.
A vigência do horário de verão começa à meia-noite de sábado (20). Desde 2008, a aplicação do horário diferenciado é regulamentada pelo Decreto n° 6.558, que fixou datas para o início e término. O começo é sempre no terceiro domingo de outubro, e o fim, no terceiro domingo de fevereiro do ano subsequente. Se a data coincidir com o domingo de carnaval, o encerramento é transferido para o domingo seguinte.
Minas
Com o horário de verão, a Cemig estima uma redução na demanda diária máxima de energia de até 4%, o que corresponde a cerca de 320 MW, em Minas Gerais.
Essa energia equivale, por dia, a uma redução no horário de pico comparável à demanda no mesmo horário de Juiz de Fora e Sete Lagoas, cidades de porte médio do interior de Minas, ou de uma grande cidade com 750 mil habitantes. Em termos de geração, equivale a 2,4 usinas do porte da Usina Térmica Igarapé (com 131 MW de potência).
Durante os 119 dias, ou praticamente quatro meses, de Horário de Verão, espera-se uma economia de energia de até 0,5% (88.000 MWh), o que seria suficiente para abastecer a capital mineira durante dez dias. Para o consumidor residencial, por sua vez, a redução mensal pode chegar a 5%, sem a mudança dos hábitos de consumo. (Com Agência Brasil)