As ações da Cemig abriram em forte alta nesta terça-feira, após a estatal comunicar à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decisão de renovar concessão de redes de distribuição, linhas de transmissão e de 18 hidrelétricas, mas excluir São Simão, Jaguara e Miranda, as maiores e mais lucrativas do seu parque.
Às 10h48 (horário de Brasília) os ativos CMIG4 registravam alta de 3,33%, cotadas a R$ 26,37, liderando os ganhos no Ibovespa no pregão. Outras companhias do setor elétrico reagem positivamente após manifestarem interesse por renovar suas concessões, entre elas a Copel (CPLE6, R$ 32,90, +2,81%), Cesp (CESP6, R$ 20,69, +2,58%) e Eletrobras (ELET3, R$ 12,05, +1,01%; ELET6, R$ 17,76, +1,95%).
O prazo para que as companhias manifestassem interesse por renovar as concessões terminou na segunda e a Aneel divulgará nesta terça a lista com as elétricas que optaram por renovar por mais 30 anos as concessões de energia elétrica com vencimento previsto entre 2015 e 2017.
A Cemig deixou fora do pedido de renovação de concessões três hidrelétricas e solicitou a renovação de outras concessões de geração e transmissão com resssalvas. A companhia informou que acredita "no seu direito de renovar a concessão dessas três usinas por mais 20 anos nas mesmas condições vigentes antes da publicação da MP 579". A empresa realizará na tarde desta terça uma teleconferência para detalhar o processo de renovação das concessões.
A decisão surpreendeu o analista de energia elétrica, Marcos Severine, do Itaú BBA. Ele acredita que
decisão mostra o compromisso da companhia com melhores práticas de gestão e com os acionistas minoritários.
Severine também aponta como fatores por trás da decisão da empresa a expectativa de muito pouco espaço para mudanças positivas em termos de renovação de concessão, bem como os imprevisíveis custos que ela teria com a compra de energia entre 2013 e 2014 para cumprir com o contrato de renovação, que poderiam chegar a uma perda da ordem de R$ 1,3 bilhão em Ebitda (lucro antes dos juros, impostos, depreciação e amortização) nesses dois anos.
Com InfoMoney