A energia elétrica deve ser utilizada como um instrumento para o ganho de competitividade, disse, nesta terça-feira, o presidente do Conselho de Administração da Gerdau, Jorge Gerdau Johannpeter que participa de evento em São Paulo. Segundo o executivo, uma das distorções que existem hoje em relação à energia são todos os encargos que incidem sobre o preço.
"Se uma empresa brasileira tem 40% de seu custo em energia e seu concorrente internacional, 20%, como iremos competir?", questionou o executivo. Johannpeter defendeu que o País deve se focar em ampliar a sua produção de energia limpa. "Cada país tem a sua vocação e a do Brasil é a sua capacidade de produzir energia", afirmou. De acordo com o presidente do conselho da Gerdau, a indústria brasileira não pode perder nem 1% em custos, ainda mais diante do novo cenário da taxa de câmbio no País.
O presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Braga de Andrade, reiterou que a energia elétrica brasileira é uma das mais caras do mundo. Andrade citou uma pesquisa recente da entidade que mostra o Brasil aparece em segundo lugar em um ranking de países com preço de energia mais alto, atrás da Itália, levando-se em consideração os países desenvolvidos e em desenvolvimento.