O saldo líquido de empregos formais gerados em setembro foi de 150.334, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O resultado é fruto de admissões de 1.664.747 empregados com carteira assinada e desligamentos de 1.514.414 pessoas.
O volume ficou dentro do intervalo das estimativas de 16 analistas do mercado financeiro consultados pelo AE Projeções, de 120.000 a 220.000 vagas com carteira assinada e abaixo da mediana, de 167.500 postos formais. No acumulado do ano até setembro, o saldo liquido de empregos ficou em 1.574.216.
A criação de 150.334 postos formais em setembro foi o resultado mais baixo para o mês desde pelo menos 2003, início do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A comparação foi feita com base no material distribuído nesta quarta-feira pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Desde 2003, o maior volume de vagas criadas em um mês de setembro foi em 2008, de 282.841 postos. Já a menor quantidade no período foi em 2003, de 161.765 postos com carteira assinada.
Segundo o Ministério, O volume de empregos gerados em setembro com carteira assinada foi 40,18% menor do que o de igual mês do ano passado, quando foram criados 251.305 postos formais. Esse número leva em conta os dados ajustados, ou seja, que já incluem as informações do mercado de trabalho formal enviadas pelas empresas fora do prazo.
Já na comparação sem ajuste, que considera o primeiro dado divulgado pelo MTE sem a compilação das informações enviadas com atraso pelas empresas, foi constatada uma queda de 28,09% na geração de empregos com carteira em setembro ante setembro de 2011, quando o saldo foi de 209.078. Esta é a forma de comparação defendida pelo MTE. Levando-se em conta os dados sem ajuste, esta foi a primeira vez que a criação de vagas formais em setembro foi inferior a 200 mil vagas desde 2006, quando o saldo foi de 176.735.