O Índice Geral de Serviços (IGS) registrou taxa de 0,46% na cidade de São Paulo na segunda quadrissemana de outubro, de acordo com a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe). O resultado divulgado nesta quarta-feira ficou acima do observado na primeira quadrissemana do mês, quando houve variação positiva de 0,29%.
A taxa do IGS seguiu, de maneira idêntica às mais recentes divulgações, abaixo do resultado do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) do período. A taxa deste último indicador passou de 0,68% para 0,77%.
Para o coordenador do IPC, Rafael Costa Lima, que coordena também o IGS, uma boa explicação para o número mais baixo dos Serviços atualmente está no comportamento do grupo Alimentação, que aparece no IGS apenas pelo segmento de Alimentação Fora do Domicílio e que, no IPC, engloba itens dos segmentos Industrializados, Semielaborados e Produtos In Natura. Como são justamente os preços de alimentos processados e semielaborados que estão puxando para cima as taxas do IPC recentemente e eles não estão no IGS, há uma diferença importante entre os dois indicadores.
No IPC, por exemplo, o grupo Alimentação apresentou alta de 2 12% na segunda quadrissemana. No IGS, o conjunto de preços avançou bem menos: 0,38%. Entre os itens que compõem o IGS, destaque para o comportamento das passagens aéreas, cujos preços caíram 8,98% na segunda leitura de outubro. Na outra ponta, com grande participação na aceleração da taxa geral do indicador do período, o destaque ficou para a tarifa de água e esgoto, cuja variação positiva foi de 1,66%, com grande peso no orçamento do consumidor paulistano. Outros itens que pressionaram o IGS para cima foram seguro de veículo e contrato de assistência médica, com avanços de 3,24% e de 0,77% no período pesquisado pela Fipe.