Privatizado em fevereiro deste ano, o Aeroporto Internacional de Guarulhos, no bairro de Cumbica, no estado de São Paulo, receberá R$ 1,2 bilhão para reformas do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Entre os três terminais concedidos pelo governo à administração da iniciativa privada, Guarulhos é o primeiro a receber recursos públicos para obras.
O dinheiro será liberado em parcelas pelo BNDES, que anunciou hoje aprovação do montante para construção de terminais de passageiros e de cargas, mais modernização da estrutura atual. O processo de liberação é chamado empréstimo-ponte, porque vai aportar os primeiros recursos no aeroporto, “antes que a análise do financiamento de longo prazo seja concluída”, afirma nota do banco.
Também está prevista no projeto de reforma do Aeroporto Internacional de Guarulhos aprovado pelo BNDES a ampliação do pátio e pistas para aeronaves, de áreas para estacionamento de veículos, além de um novo heliporto. O objetivo é adequar o terminal ao crescimento da demanda prevista para os próximos anos e “aos padrões esperados no contrato de concessão”, que vigorará entre 2014 e 2022.
O empréstimo está em nome da Concessionária do Aeroporto Internacional de Guarulhos e Sociedade de Propósito Específico (SPE), que reúne o consórcio vencedor do leilão do terminal, formado pelas empresas Investimentos e Participações em Infraestrutura (Invepar), Airports Company South Africa (ACSA), da África do Sul, e Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero).
Também foram privatizados, no início do ano, os aeroportos Juscelino Kubitschek (Brasília) e Viracopos (Campinas). Os aeroportos de Brasília e de Guarulhos têm o maior fluxo de passageiros do país e o de Campinas, o maior fluxo de cargas. O próximo a ser privatizado deve ser o Aeroporto Internacional do Galeão - Antonio Carlos Jobim, no Rio de Janeiro.