Os mutirões de conciliação têm se tornado uma alternativa real em diversos setores. A estratégia é utilizada também por grandes redes do varejo. Segundo o juiz Roberto Oliveira Silva, coordenador do Mutirão de Conciliação Bancária que se realiza a partir de hoje no Fórum Lafayette, a ideia é que a estratégia no futuro atinja também causas como o seguro Dpvat e o comércio em geral.
A advogada Érika Compart, da comissão do consumidor da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MG), diz que os mutirões de conciliação têm se mostrado benéficos para o consumidor, já que as demandas judiciais são onerosas e desgastantes. Segundo a especialista, vale a pena o consumidor comparecer, avaliar a possibilidade oferecida e também se preparar levando para o acordo uma contraproposta.
O Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) promove a 7ª Semana Nacional da Conciliação, de 7 a 14 de novembro. Em 2012, os mutirões para a resolução de conflitos vão ocorrer durante sete dias, incluindo um fim de semana. A semana, coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é realizada todos os anos, com a adesão dos tribunais. Em 2011, o TJMG obteve a quinta colocação nacional, com 16.740 audiências realizadas.
LIMPANDO O NOME A Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL/BH) também vai abrir a temporada para regularizar o nome de milhares de consumidores da capital. A semana de recuperação de crédito, que vem sendo realizada há mais de uma década, começa em 26 de novembro e segue até o dia 30 do mesmo mês, na sede da CDL/BH, na Avenida João Pinheiro, 495. Entre as empresas que tradicionalmente participam da campanha estão redes varejistas e instituições financeiras.
Pesquisa da Confederação Nacional do Comércio (CNC) revela que o endividamento das famílias brasileiras é caracterizado por dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carros e seguros, sendo que o cartão de crédito é apontado como o principal vilão por 73,3% das famílias endividadas.
A boa notícia é que o percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso também recuou, registrando 19,1% em setembro, ante 21,3% em agosto. (MC)