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Estado de Minas

Inadimplência volta a crescer no país em outubro


postado em 25/10/2012 11:09 / atualizado em 25/10/2012 11:26

Depois de atingir, no mês passado, o menor índice dos últimos dois anos, o percentual de famílias inadimplentes voltou a crescer em outubro. As famílias com dívidas ou contas em atraso passaram de 19,1% em setembro para 20,5% neste mês, segundo Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada hoje pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

O total de famílias com dívidas (não necessariamente em atraso), como cheque pré-datado, cartão de crédito, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguros, também subiu – de 58,9% em setembro para 59,2% em outubro.


A pesquisa mostra, no entanto, que o total de famílias sem condições de pagar as contas ou dívidas atrasadas teve uma leve queda, de 7,1% para 7% entre setembro e outubro.

Na comparação com o mesmo período do ano passado, todos os indicadores melhoraram, já que, em outubro de 2011, os percentuais eram os seguintes: famílias com dívidas (61,2%), inadimplentes (21,3%) e famílias sem condições de pagar as contas (8,2%).

 

Belo Horizonte

Segundo a CDL/BH, o número de consumidores com algum tipo de dívida junto ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) subiu 13,87% em setembro na comparação com agosto, a maior alta do ano. Na comparação com setembro do ano passado, o crescimento da inadimplência foi de 8,48%. No acumulado do ano houve aumento de 1,53% no número de registros.

Para a economista da CDL/BH, Ana Paula Bastos, o aumento é resultado da combinação de políticas do governo como redução do IPI para diversos setores e de débitos referentes às compras do Dia dos Pais. “Neste sentido, o uso inadequado deste crédito e o consumo de forma inconsciente contribuíram para um crescimento dos índices de inadimplência”, afirmou a economista da CDL/BH. “Cabe ressaltar que muitos empresários aproveitaram a injeção de capital extra na economia, via primeira parcela do 13º salário dos aposentados, para registrarem os débitos dos consumidores”, completou.


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