Levantamento feito pela Comissão de Obras Públicas da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC) apontou 19 itens principais como gargalos para execução das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). As empresas que atuam na execução dos serviços destacaram problemas em gestão de contratos, processo de pagamentos, projetos/alterações, procedimentos indevidos e remuneração/custos, entre outros.
Os problemas apontados ocorrem nos serviços executados em todo o país. Em relação à gestão de contratos, foram detectadas falhas como mudança contínua nos gestores de contratos, gerando atrasos significativos nas obras; impedimento de interlocução direta da empresa contratada com a Caixa; demora na aprovação de reprogramações (replanilhamentos e aditivos).
O estudo foi apresentado a representantes da CBIC e da Caixa Econômica Federal que se reuniram ontem para discutir problemas enfrentados pelas empresas executoras. O levantamento foi feito com 44 empresas que utilizam, exclusivamente, a entidade financeira como agente repassador dos recursos federais. Uma nova reunião ocorrerá no dia 29 de novembro, em Brasília.
As empresas executoras também destacaram a falta de pessoal na equipe da CEF para acompanhamento e fiscalização das obras. Segundo eles, o mesmo engenheiro fiscal é responsável por acompanhar várias obras, ao mesmo tempo, o que gera “atrasos e demoras excessivas”. Definição clara dos locais dos serviços, falta de projeto básico no edital de licitação e redução de preços contratais com obras em andamento também foram citadas como gargalos para execução das atividades contratadas.