(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas BILHÕES COLHIDOS NO CAMPO

Faturamento agrícola no Brasil cresce 27,1% e chega aos R$ 195,6 bi em 2011

Minas Gerais tem desempenho melhor, com alta de 36,5%, e agora ocupa o 2º lugar no ranking nacional


postado em 27/10/2012 06:00 / atualizado em 27/10/2012 07:02

A valorização de commodities no mercado internacional devido a problemas climáticos fez a produção agrícola brasileira crescer em ritmo galopante, alta de 27,1% no comparativo entre 2010 e 2011. Aproveitando a motivação, Minas cresceu acima da média nacional, e com isso o estado passou da quarta para a segunda posição no ranking nacional. Dados da Produção Agrícola Municipal divulgados ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que a fatia referente ao estado passou de 11,8% para 12,7%, atingindo a marca de
R$ 24,8 bilhões do valor da produção, variação de 36,5%. São Paulo mantém a liderança, com 17,7% dos R$ 195,6 bilhões gerados pelo campo.

No ano passado, uma série de problemas climáticos mundo afora afetou seriamente a produção estrangeira. Nos Estados Unidos, o inverno mais rigoroso, com fortes nevascas, e afetou a produção; Rússia, Argentina e parte do continente europeu sofreram com secas, e a Austrália com inundações. Com isso, os preços de itens básicos, como feijão, café e milho, apresentaram fortes altas. Como consequência, a área plantada neste ano também teve alta. “Normalmente, quando se tem boa produção se tem preços não tão bons. Mas no último ano os dois fatores casaram no mercado nacional devido a problemas externos”, afirma o analista agrícola do IBGE, Carlos Alfredo Barreto Guedes.

Apesar de a safra de café ter registrado queda de 7,1% no período, a insuficiência de estoques no mercado internacional fez o produto registrar alta significativa nos preços. No comparativo com a colheita anterior, a elevação foi de 40,1%, tendo atingido R$ 16,2 bilhões. Minas, maior produtor, encerrou a colheita do ano passado com 22,3 milhões de sacas (60 quilos). O estado, no entanto, perdeu fatia na produção nacional, caindo de 51,8% para 49,5%. “Essa redução está relacionada à queda de rendimento do arábica, principal tipo plantado no estado, que em um ano tem boas safras e no outro nem tanto”, afirma Guedes.

Trio forte

Considerados os 64 produtos pesquisados, três culturas responderam por 57,2% (R$ 111,8 bilhões) do valor da produção nacional: soja, cana-de-açúcar e milho. A soja continua sendo a cultura com maior valor da produção (25,7% do total ou R$ 50,3 bilhões), seguida da cana-de-açúcar (20,1%, ou R$ 39,2 bilhões) e do milho (11,4%, ou R$ 22,2 bilhões).

A produção nacional do milho, em grão teve leve aumento, de meio ponto percentual no comparativo com o ano anterior, atingindo 55,7 milhões de toneladas. Minas manteve o ritmo acima da média, passando a abocanhar 11,7% ante 10,9% em 2010. A justificativa principal para o crescimento lento é que os produtores dos principais estados passaram a usá-lo basicamente na segunda safra para não haver competição com o plantio da soja.

Em relação ao feijão seu deu exatamente o inverso. Com bons preços no plantio da primeira safra, o produto foi opção para a safra principal, mas no decorrer do ano, dados os altos estoques, os valores foram reduzindo e a área plantada acompanhou tanto na segunda quanto na terceira safra. Unaí, no Noroeste de Minas, manteve a liderança nacional de produção, com 112,6 mil toneladas, o que corresponde a 3,3% do feijão colhido no país.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)