O governo italiano aprovou nesta quarta-feira um decreto-lei para eliminar 35 províncias, entre elas, várias cidades metropolitanas, a fim de reduzir as despesas públicas. "O número de províncias com situação regular será reduzida de 86 para 51, incluindo as cidades metropolitanas", informou em um comunicado o Conselho de Ministros.
A redução das províncias, que corresponde a uma organização administrativa entre o município e a região, foi adotada com o objetivo de poupar cerca de 40 milhões de euros por ano, segundo o comunicado.
"A reforma é baseada em modelos de governo europeus", ressalta o anúncio, que acrescenta que tais medidas vão permitir racionalizar "gastos na gestão das ruas e escolas", por exemplo.
A redução das províncias entrará em vigor a partir de 1º de janeiro de 2013, enquanto as cidades metropolitanas, que vão substituir as províncias com grandes centros urbanos, devem começar a funcionar a partir de 1º de janeiro de 2014. "É um processo irreversível", explicou o ministro da Administração Pública, Filippo Patroni Griffi.
O primeiro-ministro Mario Monti, que assumiu o cargo em novembro de 2011 para salvar a Itália da crise que ameaça o euro, tem adotado inúmeras medidas de austeridade em todos os setores da sociedade.
O corte das províncias "é o primeiro passo" para a realização de uma ampla reforma, que prevê uma reorganização da administração do território, explica o comunicado.