A produção industrial registrou queda de 1% em setembro na comparação com agosto. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em agosto, a atividade fabril havia crescido 1,7%. A retração de agosto para setembro é a mais intensa desde janeiro deste ano, quando a produção recuou 1,8%.
Em relação a setembro do ano passado, a indústria recuou 3,8%. Já no trimestre encerrado em setembro, houve alta de 0,4% na comparação com o trimestre anterior. No índice acumulado de janeiro a setembro, houve redução de 3,5% ante igual período de 2011. No acumulado nos últimos 12 meses, a queda chega a 3,1%, a mais intensa desde janeiro de 2010.
Setores
A queda de 1% verificada na produção da indústria nacional em setembro ante agosto teve perfil generalizado. A maioria dos setores pesquisados registrou taxas negativas: 16 entre 27. O destaque foi o recuo de 4,8% no setor de máquinas e equipamentos, o segundo resultado negativo consecutivo, acumulando no período uma perda de 8,5%.
Também contribuíram negativamente para a média da indústria as atividades de outros produtos químicos (-3,2%), alimentos (-1,9%), perfumaria, sabões e produtos de limpeza (-10,0%), fumo (-11,7%), indústrias extrativas (-1,6%), bebidas (-2,2%), veículos automotores (-0,7%) e mobiliário (-5,3%).
Na direção oposta, os setores que registraram melhor desempenho foram o farmacêutico (6,0%) e outros equipamentos de transporte (4,4%).
Revisão
O IBGE revisou a produção industrial de agosto ante julho, de uma alta de 1,5% para uma alta de 1,7%. A taxa de julho ante junho também foi revisada, de 0,5% para 0,4%. A taxa de junho ante maio passou de 0,3% para 0,2%.
O IBGE também revisou a produção de bens de capital em agosto ante julho, de uma alta de 0,3% para uma queda de 0,4%. A taxa de julho ante junho saiu de 1,1% para 1,0%, enquanto a variação de junho ante maio passou de 1,1% para 0,9%. O número de maio ante abril saiu de -1,8% para -1,7% e o de abril ante março passou de 0,9% para 0,6%.