A produção de caminhões reagiu no mês de setembro, evitando uma queda maior na fabricação de veículos automotores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A atividade mostrou recuo de 0,7% em relação a agosto, puxado pelas perdas nos automóveis. "O setor de veículos automotores vinha de três meses de expansão na produção, quando acumulou um ganho de 9,2%. Então, a queda agora devolve uma pequena parte dessa expansão", apontou André Macedo, gerente da Coordenação de Indústria do IBGE.
Macedo explica que o consumidor antecipou as compras de automóveis nos três meses anteriores, diante da previsão de término da redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para 31 de agosto. O movimento sustentou as altas consecutivas na produção de veículos, enquanto o segmento de caminhões não andava bem. Em setembro, os papéis se inverteram. "Os caminhões, que vinham pressionando negativamente, contribuíram positivamente na passagem de agosto para setembro. O que caiu foi a produção de automóveis", contou Macedo.
No entanto, apesar da melhora na margem, a produção de caminhões ainda registra resultados negativos em relação ao mesmo período de 2011. Enquanto os automóveis registram expansão de 8,5% no terceiro trimestre, em relação ao mesmo período do ano passado, a produção de bens de capital para transporte, que inclui caminhões e ônibus, verifica uma queda de 11,0%. "Há melhora na margem para a produção de caminhões, mas em comparação com o ano passado ainda há perda importante", confirmou o gerente do IBGE.