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Estado de Minas

Puxada por alimentos, inflação oficial avança para 0,59% em outubro

Alta do IPCA em outubro é a maior desde abril deste ano. Gasto com alimentação volta a pesar no bolso do consumidor


postado em 07/11/2012 09:33 / atualizado em 07/11/2012 09:45

A inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), fechou outubro deste ano em 0,59%, a maior taxa desde abril (0,64%). A taxa é superior ao 0,57% de setembro deste ano e ao 0,43% de outubro do ano passado. O dado foi divulgado nesta quarta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O IPCA é considerado a inflação oficial por ser usada como base para as metas do governo.

Os alimentos foram os principais responsáveis pelo aumento da taxa de inflação de setembro para outubro, já que a taxa do grupo passou de 1,26% para 1,36% no período. Entre os produtos alimentícios que tiveram maiores altas de preços em outubro estão a farinha de mandioca, que teve inflação de 18,29%, e o arroz (9,88%). O grupo foi responsável por 54% do resultado do mês, com impacto de 0,32 ponto percentual. As maiores altas foram vistas nas regiões metropolitanas de Belém (3,05%) e Fortaleza (2,12%) e o menor avanço, em Porto Alegre (0,93%).

O segundo maior impacto no IPCA foi do item carnes, com alta de 2,04% e impacto de 0,05 ponto porcentual, após já ter aumentado 2,27% em setembro. Em terceiro lugar no ranking, figurou o item refeição fora do domicílio, que aumentou 0,70% em outubro, um impacto no IPCA de 0,03 ponto porcentual, após já ter registrado alta de 0,74% no mês anterior.

Outros grupos

A inflação acelerou em outubro em seis dos nove grupos que compõem o IPCA. Os alimentos tiveram o maior impacto sobre a taxa de 0,59% no mês, mas não foram os únicos vilões. "Não pense que foram só os alimentos que aumentaram. Outros grupos também pressionaram a taxa", afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do IBGE.

Os aumentos de preços nos artigos de vestuário aceleraram a alta de 0,89% em setembro para 1,09% em outubro. Nos artigos de residência, a variação saiu de 0,18% em setembro para 0,37% em outubro.


No grupo transporte, a taxa passou de uma queda de 0,08% para uma alta de 0,24%, no período. Houve influência do aumento de 0 75% na gasolina, que tinha caído 0,13% no mês anterior. Também contribuiu a alta de 0,32% do automóvel novo, que havia caído 0 08% em setembro. O conserto de automóvel também subiu 0,32%, após ter diminuído 0,55% em setembro. Já o automóvel usado ainda teve queda, mas menor - saiu de -1,62% em setembro para -0,17% em outubro.

Também registraram aceleração os grupos saúde e cuidados pessoais (de 0,32% em setembro para 0,48% em outubro), comunicação (de 0,03% para 0,31%) e alimentação e bebidas (de 1 26% para 1,36%).

"Na verdade, quem ajudou a equilibrar a taxa (do IPCA) no confronto com o mês passado foram itens e despesas ligados à habitação. Foram itens administrados, como energia elétrica e água e esgoto, e também aluguel residencial, condomínio e gás de botijão", explicou Eulina.

Houve desaceleração nos grupos habitação (de 0,71% para 0,38%), despesas pessoais (de 0,73% para 0,10%) e educação (de 0,10% para 0,05%).

O item empregados domésticos saiu de uma alta de 1,24% de setembro para queda de 0,16% em outubro, e recreação desacelerou a alta de 0,79% para 0,29% no período, sendo responsáveis pelo resultado das despesas pessoais no mês.

Acumulado

A inflação oficial acumula taxa de 4,38% no ano, abaixo dos 5,43% registrados no mesmo período do ano passado. No acumulado dos últimos 12 meses, a taxa está em 5,45%, acima dos 5,28% registrados no período de 12 meses encerrado em setembro. No último boletim Focus, divulgado pelo Banco Central (BC) na semana passada, o mercado financeiro apostava em um IPCA de 5,44% para 2012.

O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento de 01 a 40 salários mínimos e abrange nove regiões metropolitanas, além de Goiânia e Brasília. Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 28 de setembro a 29 de outubro de 2012 (referência) com os vigentes entre 28 de agosto e 27 de setembro (base). (Com Agência Estado)


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