O aumento na gasolina detectado pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de outubro não foi disseminado pelo País, afirmou Eulina Nunes dos Santos, coordenadora de Índices de Preços do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O litro do combustível passou de uma queda de 0,13% em setembro para uma alta de 0,75% em outubro, o que contribuiu para a aceleração no grupo Transportes (de -0,08% para 0,24% no período).
"A alta da gasolina foi quase toda atribuída a Salvador. Não foi um reajuste geral não. Os postos de gasolina da região metropolitana de Salvador aumentaram os preços, a partir do dia 10, em um reajuste muito alto, chegou a 9,15%. A discussão lá é de que os preços estavam defasados. Um posto aumentou e todo mundo aumentou também", explicou Eulina.
Com o aumento acima de 9% em Salvador, o preço médio do litro de gasolina na região metropolitana ficou em R$ 2,72. O valor é parecido com o cobrado no Ceará (R$ 2,70), Pará (R$ 2,77), Brasília (R$ 2,83), São Paulo (R$ 2,63) e Rio de Janeiro (R$ 2 83), segundo o IBGE. "Ficou muito próximo do restante cobrado no País", acrescentou a coordenadora do IBGE.
Mesmo mais cara, a gasolina ainda figura como o terceiro maior impacto negativo no IPCA do ano. A queda no preço do combustível é de 1,74% em 2012, uma contribuição de -0,07 ponto porcentual no IPCA do período (4,38%).
O etanol teve o quinto maior impacto negativo sobre a inflação de janeiro a outubro, com queda de 6,42%, o equivalente a -0,06 ponto porcentual no IPCA do ano.