A presidente Dilma Rousseff defendeu, nesta segunda-feira, durante cerimônia de abertura do seminário "Brasil em la Senda del Crecimiento", em Madri, que os países em crise adotem uma estratégia que abra mais espaço para estímulos fiscais imediatos escorados por planos de consolidação de médio e longo prazo. "Defendemos medidas anticíclicas principalmente dos países superavitários que devem consumir mais, investir mais e importar mais. Porque, se todos fizerem ajustes simultâneos o resultado é a recessão. Tal estratégia seria sem dúvida menos perversa para as famílias e para as empresas", destacou a presidente.
Na avaliação de Dilma, a consolidação fiscal só pode se sustentar em um contexto de recuperação da atividade econômica. Por essa razão, a presidente brasileira reiterou a importância de se implantar medidas de incentivo ao crescimento,que no seu entender são tão necessárias quanto às de responsabilidade fiscal.
Na cerimônia de abertura do seminário, realizado no Teatro Real e organizado pelos jornais El País e Valor Econômico, a presidente voltou a dizer que o Brasil já fez a sua parte para superar a crise e diz que o País deverá ter um crescimento significativo para o ano que vem. Além disso, destacou a importância da manutenção dos níveis de emprego em patamares elevados, a redução da desigualdade social e o aumento da renda dos trabalhadores. "Meu País tem feito a sua parte. Fomos impactados pela crise, como todos os países. Mas, apesar da redução conjuntural de nosso crescimento, estamos mantendo o nível de emprego em patamares extremamente elevados, continuamos reduzindo a desigualdade social e aumentando significativamente a renda dos trabalhadores. Esperamos ter um crescimento significativo em 2013", frisou.