Uma das principais preocupações do governo e da presidente Dilma Rousseff é aumentar os investimentos. A informação foi prestada na tarde desta segunda-feira pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior, em entrevista à imprensa sobre o quinto balanço da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC 2). Segundo ela, o País deixou a dicotomia entre investimentos feitos pelo setor público e pelo privado. "É necessário ter a ação dos dois", afirmou, ressaltando que o movimento ocorre desde a primeira etapa do PAC.
A ministra observou que a atuação das duas esferas pode ser vista em projetos para usinas hidrelétricas, aeroportos e rodovias, e continuará nas próximas concessões de estradas e ferrovias. "Há empresas brasileiras muito interessadas nos editais que saem neste ano e no ano que vem", declarou. "Estamos finalizando novas propostas para portos e aeroportos, que têm essa mesma lógica, de investimento público e privado. Quando os editais dos leilões estiverem na rua, isso vai ficar mais claro."
Miriam também relatou que o programa de logística está dentro do cronograma anunciado em agosto pela presidente Dilma Rousseff. Apesar disso, admitiu que nem sempre o governo está contente com o ritmo das obras do PAC. "Não estamos satisfeitos, não. Por isso, no caso de transportes, a execução quase dobrou de junho para cá."
Ela salientou que há um empenho de todos os ministérios para garantir a realização de todos os empreendimentos previstos no PAC e disse que o avanço do programa é importante para o crescimento sustentável do País. "Os dados que apresentamos hoje mostram bem a evolução do PAC. A nossa expectativa, ainda bem, é sempre superior, a gente quer fazer mais. Só vale a pena estar aqui se a gente almejar fazer mais do que a gente está fazendo", enfatizou ao ser questionada sobre o andamento das obras abaixo das projeções. "A presidenta trabalha com essa perspectiva de fazer mais."
A ministra disse que, às vezes, para realizar as obras do PAC, o governo se depara com dificuldades, como greves e judicialização. "Por isso que contamos com uma equipe específica da AGU, para identificar rapidamente a atuar para que problemas sejam solucionados." De acordo com Miriam, o cronograma para os portos e aeroportos "está bem no finalzinho" e será apresentado até o fim do ano "com certeza".