O desafio de produzir etanol em escala comercial a partir de resíduos agrícolas, lixo e outras fontes que não sejam alimentos finalmente está dando sinais de que pode ser vencido.
Empresas estão construindo fábricas de biocombustíveis na Flórida, Mississipi, Iowa, Kansas e outros locais nos Estados Unidos. A produção começou em uma das localidades e deve em breve iniciar em outras. Além disso, vários projetos para produção do chamado etanol de segunda geração receberam garantias de empréstimos federais.
No entanto, as companhias dizem que ainda há muitos desafios para aumentar a escalda de produção. O volume produzido pelas primeiras unidades comerciais, de cerca de 10 milhões a 25 milhões de galões representam apenas uma pequena fração da meta de 16 bilhões de galões do governo americano para 2022.
Por outro lado, a indústria diz que, quando a produção engrenar, haverá um crescimento rápido. Os Estados Unidos já são líderes mundiais na produção do etanol celulósico, feito a partir da quebra da celulose contida em vegetais.
Brooke Coleman, diretor-executivo do Conselho de Etanol Avançado lembra que a produção de etanol de milho teve um grande crescimento, subindo sete vezes entre 2000 e 2011, de acordo com dados da Agência de Informação Energética dos Estados Unidos.
A indústria está "em um ponto crítico, as primeiras unidades comerciais vão determinar a rapidez do avanço do setor", disse Anselm Eisentraut, analista de bioenergia da Agência Internacional de Energia, em Paris. O progresso até agora, acrescentou, tem sido "mais lento" do que o esperado.