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Estado de Minas ÚNICO ACIONISTA DA CAIXA

Tesouro deve receber menos dividendos para impulsionar empréstimos


postado em 21/11/2012 06:00 / atualizado em 21/11/2012 08:13

Lucro do banco público atingiu de R$ 4,2 bi no terceiro trimestre(foto: MARIA TEREZA CORREIA/EM/D.A PRESS - 13/4/12)
Lucro do banco público atingiu de R$ 4,2 bi no terceiro trimestre (foto: MARIA TEREZA CORREIA/EM/D.A PRESS - 13/4/12)
Brasília – O Tesouro Nacional pode concordar em receber este ano menos dividendos da Caixa Econômica Federal e, com isso, reforçar o capital da instituição para que ela possa continuar aumentando as suas operações de crédito a um ritmo superior a 40% ao ano. Ao final do terceiro trimestre, o banco público apresentou um lucro líquido de R$ 4,2 bilhões, 18% a mais do que o resultado obtido em igual período do ano passado.

Segundo o vice-presidente de Controle e Risco da instituição, Raphael Rezende Neto, a Caixa pretende expandir suas operações de crédito em 42% este ano, encerrando 2012 com saldo de R$ 355 bilhões. Ao final de setembro, as operações de crédito do banco somavam R$ 324,5 bilhões. Nesse total estão incluídas as operações de crédito habitacional, saneamento e infraestrutura, consignado e as operações com grandes empresas que, juntas, representam mais de 80% do total emprestado pela Caixa no ano.

De acordo com o presidente da Caixa, Jorge Hereda, os números apresentados ao longo desses nove meses, como ampliação da participação no mercado de crédito, baixa inadimplência e forte aumento no número de clientes, “refletem o resultado da estratégia da instituição em oferecer as melhores taxas e tarifas do mercado”.

Rezende Neto afirmou que as negociações com o Tesouro Nacional, único acionista da instituição, são muito tranquilas, até porque o retorno que a Caixa vem dando para o governo é da ordem de 27,5% ao ano. “Não se trata mais de capitalização, mas de investimento”, frisou o vice-presidente.

 Ele disse que a Caixa já conseguiu converter como equivalente a capital de nível cerca de R$ 2 bilhões dos R$ 13 bilhões injetados pelo Tesouro Nacional em agosto, numa operação de crédito sem data de vencimento. O restante pode ser colocado no mesmo nível, desde que a instituição consiga aumentar o seu capital próprio, o que pode ser feito pela simples retenção de parte do lucro, sem a necessidade de uma capitalização direta.

RECURSOS No momento a Caixa tem sobra de recursos. O índice de Basiléia, que mede os ativos da instituição ponderados pelo risco das operações que carrega, está em 12,6%, acima dos 11% mínimos exigidos pelo Banco Central. A Caixa garante que sua carteira de crédito é de excelente qualidade. No final de setembro, mais de 90% de suas operações estavam classificadas nos ratings de AA a C, que exigem menor nível de provisionamento. O patrimônio líquido da instituição alcançou R$ 22,5 bilhões em setembro, com evolução de 24,6% em 12 meses.

Avanço nas operações em Minas

O crédito comercial da Caixa Econômica Federal – pessoa física e jurídica – fechou os nove primeiros meses deste ano em R$ 14,43 bilhões em Minas Gerais. O volume representa alta de 37,34% em relação ao mesmo período do ano passado, quando atingiu R$ 10,5 bilhões. Somente o crédito imobiliário respondeu por R$ 7,9 bilhões, crescimento de 33% no período. No total, 93.488 unidades foram financiadas entre janeiro e setembro no estado.

Para Rômulo Martins, superintendente regional do banco em Minas, o programa Caixa melhor crédito é um dos principais responsáveis pelos resultados. “O crescimento do crédito, captação e volume de clientes é consequência do programa que trouxe as melhores taxas de juros para os clientes”, avalia. Desde abril, a instituição financeira, juntamente com o Banco do Brasil, vêm protagonizando anúncios sucessivos de redução do custo do crédito para os clientes, sendo acompanhados pelos bancos privados.

Com a nova política, o banco ampliou em 14,65% a carteira de clientes mineiros, que soma 3,387 milhões de correntistas. “O resultado também é sentido na captação total da instituição, que cresceu 22,3% no estado, somando depósitos de R$ 43,528 bilhões. Somente a poupança registrou captação líquida de R$ 21,2 bilhões, alta de 18%”, afirma Rômulo.

TAXAS Daqui para frente, dificilmente serão anunciados cortes expressivos das taxas como ocorreu nos últimos meses, alerta o superintendente regional. “Chega-se a um limite da composição e precificação dos produtos. Mas ainda há espaço para redução de custos, principalmente com a melhoria dos processos do sistema bancário”, afirma Rômulo.


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