A Petrobras confirmou hoje diminuição de 5 pontos percentuais da eficiência dos campos da Unidade Operacional do Rio de Janeiro (UO-Rio) e anunciou que investirá na área, a mais produtiva do país, por meio do Programa de Aumento da Eficiência Operacional (Proef). Está previsto investimento de US$ 710 milhões até 2016.
A eficiência operacional nas plataformas, que já foi de 96% em 2010, deve cair para 91% ao final deste ano. Com os investimentos e a entrada em operação de duas plataformas a ideia é reduzir as perdas e chegar a 950 mil barris em quatro anos. Com 13 plataformas extraindo petróleo em sete campos, a unidade gera 920 mil barris por dia ou 47% da produção nacional.
Segundo a Petrobras, o aumento da eficiência não deve ser maior porque, apesar dos investimentos, a UO-Rio entra em fase de queda de produtividade, o que é considerado normal. “O natural é a produção declinar com o tempo, como ocorreu com campos mais produtivos na Bahia, na década de 1980”, disse a gerente executiva de Engenharia de Produção e Exploração, Solange Guedes.
Para compensar as perdas, a gerente informou que a companhia investe na abertura de novas áreas, na entrada de operação de novas plataformas na UO-Rio nos campos de Marlim Sul (P-55) e Roncador (P-62) até 2016, além do aumento da eficiência operacional, foco do Proef. Com os investimentos totais, somente do programa, é esperado retorno de US$ 2,2 bilhões.
A estratégia, que inclui paradas programadas de manutenção e reparos nas plataformas de até 15 dias, também será aplicada na Unidade Operacional Bacia de Campos (UO-BC), cuja eficiência deve ser 70% este ano, já tendo atingido 88% em 2009. A UO-BC, um das mais antigas do país, é responsável por 24% da produção nacional de petróleo.
O cronograma completo das paradas programadas até 2022 é preparado pela Petrobras. Por enquanto, a estatal informou que estão previstas paradas na P-54 e na P-40, em fevereiro e abril de 2013. A meta é fazer uma parada em cada uma das plataformas uma vez a cada três anos.